quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Imprudência e Revolta

Aconteceu nessa quarta-feira, para ser mais precisa em torno das 9:20 da manhã. Um roubo, um carro, uma vítima.

A imprudência de motoristas de trânsito (ou ao menos aqueles que se dizem um) vêm aumentando consideravelmente a cada dia e traz consigo cada vez um número maior de vítimas, onde expõe pessoas a riscos desnecessários sem medir as conseqüências por isso.

A inconformidade e a raiva propriamente dita é o que me faz nesse momento postar sobre esse determinado assunto. Poderia citar agora infinitos casos de pessoas que sofrem por causa de acidentes de trânsito... no entanto, mal deu para pensar a respeito disso, presenciei um acidente diante dos meus próprios olhos, o que fez com que aumentasse ainda mais a minha indignação.

Não, ninguém me disse, nem foi o caso de ter ocorrido o acidente e depois eu ver o que aconteceu...não, eu vi! Estava lá, no cursinho, conversando com uma amiga e na minha frente o resto do grupo foi surpreendido por um carro que invadiu a área que ocupávamos, quebrou parte do ‘murinho’ que costumamos passar o intervalo, capotou e infelizmente a Line não escapou dessa. Não vou entrar em muitos detalhes, só me permito dizer que ela estava consciente no momento e não apresentou nenhuma fratura exposta...pelo o que tenho notícia até agora ela está “bem” aparentemente. Quebrou uma mão, um braço e o fêmur direito infelismente.

Mas sim, poderia ter acontecido algo pior, pela velocidade em que o infrator se encontrava e pela quantidade de pessoas ali presentes. Por certo o filho da mãe (que além do mais, estava armado) fugia do dono do automóvel que furtara. Por sorte e competência, o segurança da portaria conseguiu detê-lo até a chegada da polícia. Minha vontade (como a de outros) foi de avançar naquele cara, mas a preocupação voltou-se para o que era primordial no momento, não havia condições para pensar em briga naquela situação.

Não posso deixar de comentar que a união e o afeto humano foram fundamentais nesse momento... e que sem calma, consciência do caso e atitudes rápidas o acontecido talvez se agravasse. A ação do resgate foi impecável e a galera contribuiu legal no andamento do processo. Que apesar do estado de choque que cada um se encontrava, só o fato de consolar o próximo foi de grande valia, é aí que surge aquelas reflexões de vida...de amor ao próximo.

Só nos resta, o mínimo que seja, refletir sobre esse tipo de assunto que infelizmente está se tornando habitual...não surpreende mais a sociedade falar sobre acidentes de trânsito, principalmente para quem mora nas grandes áreas urbanas, como São Paulo. Crianças, idosos e principalmente jovens são vítimas diárias...seja pelo álcool, por brigas ou por roubo...Nada disso é novidade, mas temos que tentar, mesmo que em ‘conta-gotas’ realizar algumas mudanças para que casos errôneos (não só como esse, mas qualquer outro) sejam evitados. Não esperar que alguém sofra as conseqüências por infração de terceiros, pois arrependimento não muda o que se passou. Reflita sobre isso e se caso é motorista, seja prudente...se pretende ser, não faça sua carta à moda “Ferraz de Vasconcelos”, veja se conhece alguém que bebe todas e sai aí na night-out a 1000 por hora ou se seu primo de menor banca o motorista ‘de vez em quando’ (só para dar um rolê por aí). Pois não é “de vez em quando” que lidamos com esse tipo de acidente. Espero sinceramente não ouvir relatos de famílias e amigos em geral que lamentam a perda de pessoas queridas por situações que sim, poderiam ter sido evitadas.


*PS: Ponto de reflexão -> Reconheço, não foi um dia fácil...mas o amanhã sempre traz a expectativa de melhores auroras, um novo aprendizado de vida e quem sabe assim, a esperança de dias mais agradáveis. Por certo, a lição de hoje passada no cursinho foi além do que os livros podem exprimir, foi além do que até eu poderia tentar explicar.

Grata aos amigos pela força.

domingo, 2 de novembro de 2008

Que tal caminhar comigo por esse blog?


---Escrever pelo simples fato de escrever já seria uma boa resposta a quem me perguntasse o por quê deste blog, só a questão de expor uma idéia seria o suficiente para fazer-me pensar a respeito de algo e assim, difundir alguns pensamentos que se acumulam no decorrer dos dias - um dia ouvi dizer, a respeito de um escritor grego que escrevia cerca de 500 linhas por dia. Ao final de sua vida, havia escrito aproximadamente 700 livros! (Não me arrisco a opinar quanto à qualidade de seus escritos, mas pode ter certeza, não foi uma má idéia) - Além do mais, penso que preciso desenvolver esse meu lado... apesar de não escrever muito, acho que essa é uma boa maneira de começar.
---E é claro, apesar de deixar algumas “marcas” minhas por aqui, meu objetivo não é falar sobre mim. Quero mesmo é tentar, de algumas forma, passar algum ponto reflexão a respeito de assuntos que por vezes penso que têm de serem lembrados, que até os assuntos desagradáveis devem ser repensados, como também os ligados a beleza (não no sentido comum da palavra), de como existe o belo em meio ao caos, em meio a vida (as vezes de um jeito bem subliminar), que também é pouco lembrado no nosso dia-a-dia.
---Agora, voltando à questão da prática de escrever, pensei num bom exemplo enquanto via umas fotos de infância. “E o que isso têm a ver com a prática de escrever?” Pode ser que nada aparentemente, mas veja só:
---De uma forma geral, apesar de os bebês possuírem pernas, pés e toda uma estrutura física e mental, não andam assim, de um dia para o outro. Primeiro precisam desenvolver um pouquinho esse lado, ter um incentivo para começar, aprender a engatinhar. Depois já fica mais fácil sacar o "como se faz" e a partir da necessidade de alcançar as coisas, pegá-las e tocá-las surgem os primeiros passos, mesmo que inseguros ainda. E dessa forma, descobrem-se num novo mundo e passam a lidar com novas aventuras, até andar sem receio, correr, pular, chegar as primeiras pedaladas...conseguir equilibrar-se num triciclo, avançar para a bicicleta, chegar ao patins! (Que evolução hein). Todos passamos por isso, cada qual em seu tempo, do seu jeitinho, mas pense que nada disso é fácil, imagine quantos tombos, raladas e machucados tivemos de agüentar. Incontáveis! Porém, todos esses ‘fracassos’ servem de aprimoramento para as próximas tentativas, que certamente serão realizadas com um resultado bem mais satisfatório que o inicial.
---O mesmo acontece com a escrita. Não é fácil a princípio desenvolver um bom texto, aliás, um convincente só depois de muita prática. Somos bebê ao lidarmos a primeira vez com esse universo. O começo, pelo menos para mim é o mais difícil, pois como me referi anteriormente, exige que perca o receio, para abrir-se a possibilidade de ‘novas’ idéias, e dessa forma, caminhar livremente no universo das palavras, sem nenhum medo. Por essas e outras, tomei coragem em passar algumas passagens num blog, minhas “caminhadas” por aí no que se refere ao andar da vida, pensamentos bizarros...para acostumar-me com essa idéia de exercitar o cérebro ao que se refere àquela inquietante MANIA DE ESCREVER (como deixei o título deste).
---Agora lhe pergunto: gostaria de me acompanhar por este caminho? Não direi que será dos mais agradáveis, mas pode ter certeza...se for, vá bem equipado, pois a viagem é longa.
Até a próxima, Ana Thalita.